A Mata Atlântica do nordeste tem atualmente menos de 5% de sua vegetação original concentrada na região costeira do Ceará até a Bahia. Por apresentar uma biodiversidade única, já que agrupa várias espécies de fauna e flora endêmicas, isto é, de animais e plantas que apenas ocorrem nesta parte do Brasil, a conservação desta região é uma permanente prioridade de diversas iniciativas no país.
Desde 2005, a SAVE Brasil em parceria com a AMANE - Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste implementa no nordeste do Brasil projetos de conservação nas regiões de Murici (Alagoas) e Serra do Urubu (Pernambuco). Esses projetos buscam aliar a conservação dos ambientes naturais a ações de fortalecimento da comunidade local a partir de atividades de educação e disseminação nos Centros de Educação para a Conservação, apoio à formação de cooperativas e à produção agroflorestal nas comunidades, e a criação de áreas protegidas.
Atualmente, a SAVE Brasil e a AMANE desenvolvem o projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste cujo propósito é, a partir da delimitação geográfica do Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE) e seu gerenciamento, colaborar para a elaboração e execução de políticas públicas voltadas à conservação da região. O projeto engloba em sua extensão áreas desde o Rio Grande do Norte até a parte norte da Bahia com ações modelo de conservação desenvolvidas nas regiões de Murici e Serra do Urubu, propondo que estas ações sejam replicadas por toda a extensão do futuro corredor através do envolvimento de novos atores locais.
Como continuidade desse trabalho, ocorreu no último dia 31 de agosto, em Olinda (Pernambuco), o 2º Seminário do projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. A programação do seminário contemplou o intercâmbio de informações entre projetos para a delimitação de corredores de biodiversidade em outras regiões do país, a apresentação de uma primeira versão do banco de dados que está sendo elaborado para a delimitação do corredor e de áreas prioritárias para a atuação, e uma discussão para revisar as diretrizes do plano de monitoria do projeto.
O projeto tem sua conclusão prevista para outubro de 2012 quando serão apresentados um mapa do corredor com todas as variáveis e critérios usados para sua delimitação além dos resultados práticos de conservação nas áreas pilotos do complexo florestal de Murici e Serra do Urubu. Isso representará o início de uma nova etapa em prol da conservação do bioma da Mata Atlântica do Nordeste do país.vv
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